segunda-feira, 6 de julho de 2015

Viagem à Terra Santa em 2014 - 19. Em 1 de maio. Em Tel Aviv.

19. Em Tel Aviv.

Acabámos de chegar a Tel Aviv. Já tínhamos estado nesta cidade no dia 23 de abril, quando iniciámos a nossa viagem. Dormimos então uma noite no Grand Beach Hotel, que se situa no lado norte da cidade, perto da praia. Agora estamos a entrar pelo lado este/sul e vamos dirigir-nos a Jaffa

Embora sendo uma simples passagem, quis aproveitar bem a oportunidade e registar a cidade nas minhas memórias o melhor possível.

Tel Aviv é uma cidade nova, moderna, bem organizada.

A primeira impressão é que estávamos a chegar a uma metrópole europeia ou norte-americana. Não esperava ver tantos arranha-céus, perdendo-se na neblina que, àquela hora, pairava no ar. São edifícios com configurações diferentes, que, no geral, evidenciam o bom gosto de quem o desenhou, em relação à paisagem.
 
Tel Aviv tem hoje, cerca de setenta edifícios com mais de cem metros de altura. Esses edifícios estão espalhados pela cidade, parecendo grandes colunas que seguram o céu, como se este fosse uma cobertura real.

 
 
É a segunda maior cidade de Israel com cerca de meio milhão de habitantes. Foi fundada em 1909 por uma primeira comunidade judaica como aglomerado satélite de Jaffa. Mas desenvolveu-se de tal modo que, em 1950, Jaffa passou a ser governada pela Câmara Municipal de Tel Aviv. Há uma parte da cidade onde se concentra a maior coleção de edifícios do estilo Bauhaus em todo o mundo e que foi declarada património mundial pela Unesco.

É uma cidade cheia de vida, como centro de negócios, atividade cultural e desenvolvimento tecnológico. Tem vida 24 horas por dia.

Era o meio da tarde do dia 1 de maio de 2014, quinta-feira. Não sei se esse dia, por ser dito do trabalhador, é também feriado em Israel e se isso poderia ser notado pelo movimento na cidade.

Aparentemente sim. A cidade parecia não ter o movimento de um dia agitado de trabalho. O trânsito fluía bem e as pessoas conversavam em descontraídos grupos na rua, passeavam, por vezes iam olhando para os ecrãs do seu telemóvel ou simplesmente descansavam.

 
 
Em certo momento passámos junto de um grupo de sete esculturas de figuras humanas de tamanho natural. São conhecidas por "The Zionist Journey" e são da autoria do escultor Henry Betzalel. Representam o desenvolvimento de Israel desde 1920.

 
 
Estão perto de um dos mais famosos centros comerciais da cidade, o Azrieli Mall.  As sete esculturas representam as forças sociais que fundamentaram a criação e desenvolvimento do estado de Israel, desde 1920 até aos nossos dias: um camponês com a sua enxada, um combatente armado, uma enfermeira, um arquiteto, uma mulher de negócios, um cientista, e um informático.

A opinião pública local debateu, em certa altura, a localização das sete esculturas junto do Azrieli Mall, dividindo-se entre aqueles que, ali, as achavam perdidas e os que consideravam que não. Uma terceira opinião acabou por surgir e ganhar corpo, considerando que o problema não são as esculturas mas sim o centro comercial que, pela sua forma e dimensões, nunca devia ter sido autorizado a ser construído ali.

No curto passeio pela cidade, passámos pela praça Rabin que reconheci pela grade preta que se ergue do chão.
 

 
O autocarro não chegou a parar, mas gostaria de ter saído para sentir a dimensão da praça e para ver o memorial, da autoria do arquiteto Yigal Tumarkin, existente no local em que Yitzhak Rabin foi assassinado em 4 de novembro de 1995.
 

Em breve retomámos a estrada marginal ao longo da praia. Impressionaram-me os edifícios dos grandes hotéis, a vida na praia e próxima dela.
 
 
 
Em particular gostei de ver as pessoas a passear descontraidamente pelo calçadão.
 
 
Uma torre antiga apareceu no fundo da estrada, sinal de que estávamos a chegar a Jaffa.

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