Acabámos
de chegar a Tel Aviv. Já
tínhamos
estado nesta cidade no dia 23 de abril, quando iniciámos a
nossa viagem. Dormimos então uma noite no Grand Beach Hotel, que
se situa no lado norte da cidade, perto da praia. Agora estamos a entrar pelo
lado este/sul e vamos dirigir-nos a Jaffa
Embora sendo uma simples passagem, quis aproveitar bem a oportunidade
e registar a cidade nas minhas memórias o melhor possível.
Tel Aviv é
uma cidade nova, moderna, bem organizada.
A primeira impressão
é que estávamos a chegar a
uma metrópole
europeia ou norte-americana. Não
esperava ver tantos arranha-céus,
perdendo-se na neblina que, àquela
hora, pairava no ar. São
edifícios com
configurações
diferentes, que, no geral, evidenciam o bom gosto de quem o desenhou, em relação à paisagem.
Tel Aviv
tem hoje, cerca de setenta edifícios
com mais de cem metros de altura. Esses edifícios
estão
espalhados pela cidade, parecendo grandes colunas que seguram o céu, como se este
fosse uma cobertura real.
É a segunda maior cidade de Israel com
cerca de meio milhão de habitantes. Foi fundada em 1909
por uma primeira comunidade judaica como aglomerado satélite de
Jaffa. Mas desenvolveu-se de tal modo que, em 1950, Jaffa passou a ser governada
pela Câmara Municipal de Tel Aviv. Há uma parte da cidade onde se concentra
a maior coleção de edifícios
do estilo Bauhaus em todo o mundo e que foi declarada património
mundial pela Unesco.
É uma cidade cheia de vida, como centro
de negócios, atividade cultural e desenvolvimento tecnológico.
Tem vida 24 horas por dia.
Era o meio da tarde do dia 1 de maio de 2014, quinta-feira. Não sei se esse dia,
por ser dito do trabalhador, é
também
feriado em Israel e se isso poderia ser notado pelo movimento na cidade.
Aparentemente sim. A cidade parecia não ter o movimento de um dia agitado de
trabalho. O trânsito
fluía bem e as
pessoas conversavam em descontraídos
grupos na rua, passeavam, por vezes iam olhando para os ecrãs do seu telemóvel ou simplesmente
descansavam.
Em certo momento passámos
junto de um grupo de sete esculturas de figuras humanas de tamanho natural. São conhecidas por
"The Zionist Journey" e são
da autoria do escultor Henry Betzalel. Representam o desenvolvimento de Israel
desde 1920.
A opinião
pública local
debateu, em certa altura, a localização
das sete esculturas junto do Azrieli Mall, dividindo-se entre aqueles que, ali,
as achavam perdidas e os que consideravam que não.
Uma terceira opinião
acabou por surgir e ganhar corpo, considerando que o problema não são as esculturas mas
sim o centro comercial que, pela sua forma e dimensões, nunca devia ter sido autorizado a
ser construído
ali.
No curto passeio pela cidade, passámos
pela praça
Rabin que reconheci pela grade preta que se ergue do chão.
O autocarro não chegou a parar,
mas gostaria de ter saído para sentir a dimensão
da praça e para ver o memorial, da autoria do arquiteto Yigal
Tumarkin, existente no local em que Yitzhak Rabin foi assassinado em 4 de
novembro de 1995.
Em breve retomámos a estrada marginal ao longo da praia. Impressionaram-me os edifícios dos grandes hotéis, a vida na praia e próxima dela.
Em particular gostei de ver as pessoas a passear
descontraidamente pelo calçadão.
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