quinta-feira, 10 de julho de 2014

Viagem à Terra Santa em 2014 - 6. 25 de Abril. Em Tiberias. 6.9.

6.9. A Igreja de José

Ao sair da Basílica da Anunciação pela porta lateral direita - é neste lado que se encontra a fachada principal da Basílica - vamos dar a um amplo espaço com vários pontos de interesse. Desde logo um fosso com algumas ruínas praticamente junto a essa porta. Seguindo em frente, temos à direita a relativamente longa fachada do convento que pega com a Basílica. Vamos encontrar uma linda imagem de Nossa Senhora em mármore branco, que nos faz lembrar a Senhora das Graças. E logo a seguir está uma fonte moderna com várias bicas que jorram pelo muro de ardósia preta, um quadrado, num muro de pedra clara.


Subimos algumas escadas e chegámos a um espaço ajardinado e desafogado e logo vemos a Igreja de José.

Há ali alguns slides explicativos, nomeadamente um com o título Jesus' Relatives, onde se dá uma ideia da ascendência nobre de Jesus, como descendente de David.


Depois há vários painéis com explicação da localização das ruínas históricas e da implantação da igreja sobre elas.


Esta igreja foi construída em 1914 no local de uma antiga igreja do século XII.
As lojas, silos e poços do piso inferior eram usadas pelos antigos habitantes de Nazaré. Mais tarde os cristãos transformaram este sítio num local de culto.
Viajantes que visitaram este local no século VII referenciaram-no como sendo o sítio da "Carpintaria de José".
Mais tarde a tradição levou a identificar o local como sendo a "Casa de José".



Placa deixada no local em 20 de Maio de 1944 por alunas da academia militar polaca com votos de que a sua pátria fosse libertada do domínio opressor.


O interior da igreja é sóbrio e senti-me ali como na casa de Família de Jesus. Para isso contribuíram as lindas pinturas da sagrada família, os efeitos da luz, o aspeto da cobertura que faz lembrar o telhado de uma casa de família, e uma linda imagem de S. José com o Menino Jesus enquanto criança, talvez com uns oito ou nove anos. É bem bonita esta imagem.





Descemos depois por uma escada que passa por debaixo da capela-mor onde estão as ruínas que se supõe terem pertencido à casa da Sagrada Família e, um pouco ao lado, a oficina de José.




Nas ruínas destaca-se uma bonita pintura que se encontra na parede, que não sei por que se encontra ali, pois parece ter sido pintada já muito mais tarde, aquando da construção da igreja pois tem o mesmo estilo e as cores tipo das pinturas das paredes da capela-mor.

Ao sairmos da igreja e já no regresso, aproveitei para ver melhor e fotografar os medalhões ao longo do jardim com a história da Anunciação, tendo cada medalhão uma inscrição alusiva em latim.






Na imagem anterior, José olha apreensivo para esta inscrição a seus pés.

Saímos do complexo onde se encontra a Igreja de José e regressámos à Basílica, desta vez para irmos ver com mais tempo a Gruta da Anunciação, facto que já documentei na postagem anterior.

Ao sair verifiquei que o frade franciscano das confissões estava no último banco de madeira sentado ao lado de uma jovem senhora, a conversar com ela. Um pouco atrás estava um grupo também de jovens senhoras, o que me levou a comentar baixinho que ele ia ter muito trabalho.

Começámos a descer a rua e alguns companheiros aproveitaram para ir entrando nas lojinhas. Reparei que já lá não estavam os clérigos muçulmanos na sua exaltada pregação.

Os nossos guias iam puxando pelo grupo e, ao fundo da rua, virámos à direita, para seguirmos para uma das lojas do conhecimento do guia Sebastião para a compra de recordações. Mas só compra quem quer e a grande vantagem é que têm ar condicionado, às vezes uma bebida refrescante e casas de banho asseadas. E têm sempre pessoal muito simpático que fala bem inglês, e, por vezes, também português. E gosta de ajudar… Negócios à parte.

Como a temperatura não estava assim tão elevada, muitos dos companheiros preferiram sair para o passeio e ver a cidade a passar.

O autocarro chegou alguns minutos depois para nos levar a um novo ponto de interesse: o das Bodas de Canaã.

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