domingo, 21 de junho de 2015

Viagem à Terra Santa em 2014. 14. Em 30 de Abril. Um banho no Mar Morto.

14. Um banho no Mar Morto.

Chegámos a Ein Bokek ao fim da tarde do dia trinta de Abril, mas ainda com muito sol.
 
 
As formalidades do check-in foram facilitadas pelo facto de estarmos em grupo e também porque é um assunto da competência dos guias. Como em qualquer outro hotel, foi preciso, pela nossa parte, preencher uma ficha de identificação e provisionar futuras despesas com um slip em aberto de um cartão de crédito.

O Hotel Royal Rimonim Dead Sea é um dos treze bons hotéis da localidade. Ergue-se como se fosse um grande navio virado para o Mar, ostentando o seu nome na alta proa. Tivemos sorte porque o quarto, amplo e bem apetrechado no que respeita a facilidades, estava virado para o Mar.
 
 
A nossa grande curiosidade era ir ao Mar dar um "mergulho", sem mergulhar pela razão de que não se pode fazer isso.  Por isso descemos rapidamente para a praia que era ali mesmo em frente.


Logo à entrada, está um painel com os avisos e recomendações para os banhos, mais ou menos aqueles que o Sebastião nos tinha transmitido quando ainda estávamos dentro do autocarro.


Eu tinha visto na net uma fotografia de um turista deitado de costas na água do Mar Morto a ler um tablóide. Achei isso muito curioso e até queria fazer o mesmo para poder tirar uma fotografia.

Entrei primeiro na água para ver como era. Quando já tinha a água um pouco acima da cintura deixei-me cair de costas para apanhar a posição de ler o jornal. Era só para experimentar, pois não tinha nada nas mãos. Azar. Mal inclinei o corpo, o impulso da água foi tão forte e súbito que caí para trás com força acabando por a minha cabeça se enfiar dentro da água. O uso dos braços para atenuar a queda ainda contribuiu mais para agravar a situação, pois entraram-me salpicos para os olhos. Que ardor horrível! Procurei sair quanto antes e como pude, caminhando na direção do chuveiro de água doce para me poder lavar. E lá cheguei abrindo, por um momento, um olho de cada vez. Mesmo depois de lavados os olhos o ardor não passou logo e foi preciso esperar uns minutos.
 
 
Observei melhor como as outras pessoas faziam. Mete-se o corpo quase todo na água, ficando só a cabeça de fora. E, a seguir, inclinamo-nos devagarinho para trás estendendo as pernas de modo lento. Depois, sim, podemos ler o jornal. Só não fiz isso porque estava traumatizado com a primeira experiência e preferi ter os braços livres para o que desse e viesse.

Depois do banho sentei-me algum tempo na praia para apreciar o ambiente. Mereceu-me particular atenção um grupo de mulheres que, completamente vestidas e com as cabeças e caras veladas, se passeavam nas águas do mar.
 
 
 
 
 
Findo o banho de mar regressámos ao Hotel. Ainda passámos pela piscina para dar uma olhadela, pois aproximava-se a hora do jantar.

O Hotel Roal Rimonim é, na verdade, enorme, o que se depreende não só do seu aspeto exterior, mas também da amplidão da sala de jantar, que, naquele dia estava quase completamente cheia.
 
 
Contudo há muitos empregados e o serviço de bufet dispõe de vários pontos, extensos e bem servidos. O único senão foi que pedi uma garrafa de vinho e, para a pagar, vi-me grego. Cartões de crédito não serviam, moeda estrangeira também não. Esgotadas as hipóteses, veio o chefe da sala que acabou por aceitar euros. Enfim, no bom pano cai a nódoa.

Depois do jantar fomos conhecer a cidade.
 
vários cafés, restaurantes e night clubs para o gosto ocidental. Não faltam as lojas com as tradicionais  recordações procuradas pelos turistas, nomeadamente estatuetas e artefactos em madeira de oliveira.
 
 
 
Mas para nós a grande surpresa da noite estava mesmo ali à nossa frente. Numa das lojas deparámos com uma exposição bem composta de louça das Caldas. Sem esperarmos estava ali um bocadinho do nosso Portugal. Em conversa com a senhora empregada da loja, perguntei-lhe se os gerentes tinham ligação a Portugal. Ela disse que o dono da loja era russo, mas que tinha uma grande estima por Portugal e pelos portugueses. E que a louça das Caldas era muito preferida pelos turistas.
 


 
Regressámos ao hotel para descansar bastante confortados com esta descoberta.

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