terça-feira, 26 de maio de 2015

Viagem à Terra Santa em 2014. 10. Em 29 de Abril. Em Jerusalém. 10.8

10.8. O Museu de Israel

Após deixarmos o restaurante arménio onde tínhamos almoçado, retomámos o caminho que tínhamos seguido para lá, até sairmos da cidade velha pela porta de Jafa por onde tínhamos entrado.  A seguir tivemos a oportunidade casual de passar junto a uma das entradas da arcada comercial da cidade nova de Jerusalém. Já lá tinha estado de noite, quando fui jantar com os amigos Israelitas, mas agora podia tirar uma foto de dia, ainda que de passagem.
 

O autocarro não estava longe.

 
Em breve retomou a marcha e não tardou a passar numa rotunda com um relógio, altura em que os nossos guias nos chamaram a atenção para o grande edifício que se via no topo da colina, o  parlamento israelita, o knesset.
 
 
Pouco depois chegámos ao Museu de Israel.
 
 
Este museu foi fundado em 1965, por iniciativa do então prefeito da cidade, de origem austríaca, Teddy Kollek, grande humanista, que mesmo depois de ter deixado o governo da cidade continuou a dedicar-se ao museu que tinha fundado. Teddy procurou governar a cidade com um sentido de equilíbrio entre as diversas comunidades, com respeito pelas respetivas culturas.

No balcão de entrada fomos informados de que era proibido tirar fotografias ou filmar. Esta limitação iria dar origem a que, nesta crónica, não disponha de imagens que avivem e complementem a minha memória visual.

Após passarmos o torniquete de controlo, chegámos a um primeiro andar com saída para o exterior. Saímos para um terraço e fomos surpreendidos por uma enorme maquete de Jerusalém, que, segundo os arqueólogos e historiadores, procura reproduzir com rigor a cidade à altura do segundo templo, que era o existente no tempo de Jesus.

O primeiro templo foi construído por Salomão e destruído por Nabucudonosor II que levou o povo de Israel cativo para a Babilónia. Quando o povo judaico foi libertado e regressou, começou a construir o segundo templo que veio a ser consagrado em 516 antes da era de Cristo. Acabou por ser destruído pelos romanos no ano 70 da nossa era e nunca mais foi reconstruído. Hoje existe no local a Mesquita da Rocha, cuja cúpula dourada pode ser vista de vários pontos próximos da cidade, nomeadamente do Monte das Oliveiras. O muro das Lamentações é o que resta do segundo templo.


  
Alguns pormenores da maquete da cidade, permitem-nos localizar e imaginar como e onde aconteceram alguns dos episódios bíblicos. Todas as edificações da maquete estão numa escala relativa surpreendente. Veja-se, por exemplo o pormenor do templo.


Fiquei com a ideia genérica de que naquele museu se guarda um espólio histórico incalculável para a humanidade em geral. Há lá objectos antiquíssimos dos vários territórios do médio oriente e não só. Também da África, América e Oceania.

Tem várias alas, com destaque para a ala das terras bíblicas e a ala do santuário do livro  (the Shrine of the Book) onde, entre outras preciosidades, se guardam os manuscritos do mar morto. A ala do santuário do livro tem uma cúpula de formato original em pedra branca, que é refrescada com repuxos de água, simbolizando os amigos da luz, para contrastar com paredes de basalto escuro, os amigos das trevas.


O museu pareceu-me muito bem organizado e o ambiente fresco deu-nos algum conforto em relação ao calor que tínhamos passado lá fora. E, embora não tenha sido possível tirar fotografias, há algumas disponíveis na net com boa qualidade. Ainda recentemente o Museu de Israel publicou imagens dos manuscritos do mar morto.


Uma vez terminada a visita ao museu, passámos pela respetiva loja, onde alguns companheiros compraram recordações, já sob pressão do chamamento dos nossos guias para retomarmos o autocarro para podermos cumprir, na íntegra, o programa do dia.

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